quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Análise de Lucratividade



   Utilizando esses dados ajustados referentes aos resultados da empresa no período, pode-se analisar o desempenho dela em termos de lucratividade.
   Um primeiro indicador de lucratividade é calculado em relação ao total de ativos aplicado pela empresa em seus negócios. Trata-se do retorno sobre ativos, ROA na sigla em inglês ("return on assets", mais utilizada). Calcula se pela divisão do resultado gerado pelos ativos - resultado operacional ajustado, gerado pelas decisões de investimento - pelo valor médio dos ativos no período.
   Na Figura, a seguir, está apresentado esse cálculo para a empresa exemplo, referente ao exercício de 2008. Veja que o investimento de seus ativos gerou uma rentabilidade de 7,5%.
   A análise desse valor, se adequado ou não, deve ser feita agregando-se outras informações. Primeiramente, a comparação com outras empresas similares, atuantes no mesmo segmento de atividade. Também, a verificação da evolução desse indicador ao longo dos anos. Ainda, deve ser considerado o momento da empresa em seu ciclo de vida; esta utilizada como exemplo foi iniciada em janeiro de 2007, esse dado deve ser levado em consideração na análise de seu desempenho. 


   Esse indicador da rentabilidade dos ativos pode ser decomposto em partes, no caso a margem operacional e o giro dos ativos. Veja na figura, a seguir, a demonstração desse cálculo.
   O retorno sobre os ativos é resultado então da multiplicação da margem operacional pelo giro do ativo. A explicação do nível de rentabilidade verificado em relação aos ativos vem desses dois indicadores, podendo os gestores da empresa trabalhar pelo aumento da rentabilidade atuando diferencialmente em elementos operacionais que aumentem a margem operacional - quanto do valor de vendas se transforma efetivamente em resultado operacional - ou que aumentem o giro dos ativos - quantidade de vezes que os total de ativos é transformado em vendas.








   Outra forma de analisar os investimentos é subtrair de seu valor o montante de passivos de funcionamento. Uma parte dos ativos, provavelmente alocados no caixa ou em aplicações de curto prazo, são recursos de posse da empresa, mas que brevemente serão transferidas para outras entidades. São valores referentes aos chamados "passivos de funcionamento", obrigações não onerosas, que não foram liquidadas porque não ainda não venceram. Por exemplo, contas a pagar a fornecedores, salários dos empregados, provisões para impostos, entre outros.
   Subtraindo-se dos ativos totais esses valores, tem-se o real montante de investimento realizados nas operações da empresa, tenham vindo dos próprios sócios - capital próprio - tenham vindo de terceiros - empréstimos e financiamentos, passivo oneroso.
   A partir desse novo valor de investimentos, calcula-se outro indicador de rentabilidade, o retorno sobre investimentos, ROI na sigla em inglês ("return on investments"). Na Figura, a seguir, está apresentado esse cálculo para a empresa exemplo.
   Considerando a diminuição do total de investimentos, pela subtração dos passivos de funcionamento, aumentou a rentabilidade da empresa. Para análise desse valor, considerações similares às já apresentadas.




   Pode-se calcular ainda um terceiro indicador de rentabilidade, considerando somente os recursos aplicados pelos sócios no empreendimento. Trata-se do retorno sobre o patrimônio líquido, ROE em inglês ("return on equity").
   Esse indicador é calculado utilizando como numerador o resultado líquido da empresa no período, já que esse montante passa à propriedade dos sócios também. No denominador, o patrimônio líquido médio do período.
   Na Figura 14, a seguir, está apresentado esse cálculo. Veja que os sócios receberam 8,0% de rentabilidade pelo capital aplicado. Novamente, a avaliação desse valor deve ser feita considerando outras informações.
   Nesse caso, deve-se analisar de acordo com um projeto de investimentos elaborado para a empresa; este ano de 2008, analisado, corresponde a um período do todo planejado. Deve-se verificar se, dentro do planejamento do negócio proposto inicialmente, essa rentabilidade está adequada - próximo ou acima do esperado - ou não.



   O retorno sobre patrimônio líquido pode também ser decomposto para uma melhor análise do valor apresentado. Ele é produto da multiplicação da margem líquida pelo giro do patrimônio líquido. Veja na Figura, a seguir, a apresentação desse cálculo.
   Assim, a rentabilidade de 8,0% ao patrimônio líquido em 2008 foi resultado de margem líquida de 13% e giro do patrimônio líquido de 0,62x. Para aumentar a rentabilidade, deve-se aumentar pelo menos um desses dois componentes.




Fonte: http://www.relatoriosempresariais.com.br/10-_analise_de_lucratividade.html


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